sexta-feira, 30 de abril de 2010

Bike Radical...


Para quem curte uma bike, manobras radicais e uma trilha sonora furiosa vá ao link abaixo e se delicie...vale a pena!
http://www.4shared.com/video/QfQfW_M6/bike.html

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O PETRÓLEO NÃO É NOSSO...MAS...


Basta de assistirmos inertes à destruição dos nossos valores pela centralização política e à inviabilização do nosso crescimento econômico pelo atrelamento deste aos interesses de políticos ímprobos. A nossa população, por tudo que já fez, merece condições dignas de moradia, alimentação, saúde, educação e lazer. Estas boas condições são reflexos da justiça social e se traduzem em qualidade de vida.
Já está na hora de nós lutarmos pelas nossas indústrias, pelo nosso emprego e pelo desenvolvimento que nossos impostos deveriam promover. Será justo que, para atrairmos indústrias modernas e limpas, tenhamos que concorrer com políticas fiscais subsidiadas com o nosso próprio dinheiro? Até quando o dinheiro que deveria se destinar à educação vai continuar alimentando obras super faturadas no meio do sertão? Será que a seca é a culpada por todos os problemas que ocorrem na região nordeste do Brasil? Que dizer da roubalheira instalada em Brasília e nos nossos próprios estados?
A presente falta de autonomia política nos deixa à mercê de acintes, afrontas e abusos políticos de Brasília. Nós devemos lutar pela representatividade política que nos cabe e exigir destes representantes a defesa nossos interesses. Chega de pedir licença para fazer valer nossos direitos.
Também é hora de mostrar ao mundo que o Brasil não é só carnaval, pobreza, prostituição e futebol.
A cultura é resultado do conjunto de realizações e estudos de um povo. Ela torna viável a convivência em sociedade e faz prosperar uma nação. O desenvolvimento cultural está diretamente relacionado com o desenvolvimento social e econômico de um conjunto humano. Uma criança que não recebeu valores culturais crescerá um adulto desonesto e aproveitador, sem noções de fraternidade e amor ao próximo. Uma população inculta será eternamente manipulável e ludibriável.
Por que este país é uma enorme desordem? Por que aqui impera a desonestidade? Por que o povo brasileiro detém o rótulo de irresponsável? Por que aqui exalta-se à pobreza? Por que no Brasil o patriotismo só dá as caras na época das copas do mundo de futebol?
A cultura embasa a ordem, a ética, o senso de responsabilidade e o patriotismo. São estes valores que estão ameaçados, aqui e no resto do Brasil, sendo substituídos por uma pseudo-cultura brasileira que só prospera porque falta educação para a população.
Em uma nação em que as distâncias são tão longas, de tantos climas, topografias, raças, costumes e tradições, ter uma só cultura é impraticável. Pessoas das diferentes regiões do país encaram de maneira diversa até mesmo questões morais. Não tenciono julgar quem está certo ou errado, apenas fazê-los observar as diferenças. Nenhuma cultura deve deixar de existir. Este é um dos preceitos do movimento: conservar cada uma das culturas existentes no sul, não uni-las para a formação deste novo país. Uma nação pode ter muitas culturas, se uma não sobrepujar a outra.
Uma das características da pseudo-cultura brasileira é a aceitação passiva da miséria e das disparidades, sendo o desequilíbrio na distribuição da renda um produto desta mentalidade. Somos diariamente instados a aceitar o absurdo como sendo uma fatalidade corriqueira. Outras características desta pseudo-cultura: inversão de valores, vantagem individual sobrepondo-se ao direito coletivo no lesa-pátria cotidiano, valorização da informalidade e da facécia igualitária de aldeia (para esconder as dessemelhanças), perda do senso do ridículo, falta de comedimento, entre outras. Tudo isso é difundido e aceito sem maiores críticas pela maior parte da população, moldando um povo sem caráter.
A cultura promove a ordem, e a ordem, o progresso.
Observem que não se trata de racismo. Isto seria substituir o conceito de cultura pelo de raça, e seria uma contradição ao próprio ambiente humano da Região Sul, no qual convivem harmoniosamente diversas etnias européias, japoneses, árabes, negras, entre outros. Trata-se tão somente de uma recusa em aceitar a manipulação cultural. Conservar a nossa cultura não é crime, é um DIREITO, ou mais do que isto, um DEVER.
A autonomia possibilitaria a contenção da atual transferência de responsabilidades sociais. A pobreza migra, iludida com a esperança de melhores dias, mas não é combatida. Regiões que sob duras penas conseguiram promover um maior bem-estar ao seu povo, acabam tendo que arcar com os custos desta nova massa de subdesenvolvimento, enquanto os recursos que poderiam resolver este problema são torrados descaradamente longe dali.
A premência da separação NÃO é uma questão de preconceito contra os outros povos, igualmente injustiçados, que habitam o Brasil. O preconceito pressupõe uma prevenção pessoal, devido à cor da pele, religião, raça, etc. Não é isto que se propõe. Desde há muito tempo nós temos cobrado dos responsáveis que os impostos de nós subtraídos sejam aplicados com o máximo de rigor e responsabilidade para sanar mazelas sociais das diversas regiões do país, entretanto estes clamores jamais foram atendidos. Já é hora de darmos um basta nisto, pois tudo o que o nosso povo podia fazer já foi feito, e se tudo foi pouco é porque houve má aplicação e desvio do dinheiro.
A nossa região seria melhor administrada através da descentralização política, que aumentaria a organização do poder, otimizaria a distribuição das verbas e possibilitaria uma maior participação, fiscalização e vigilância do poder pela sociedade. O nosso atual regime federativo é cômico, pois só compete às autarquias locais legislar sobre questões menores, enquanto as grandes decisões que influem pesadamente sobre a vida destes conjuntos humanos são decididas por Brasília, freqüentemente de forma bastante obscura e parcial. Este modelo de governo revela a fragilidade de nosso sistema, dito federativo e democrático. O mesmo sistema que assim se intitula, é o que cria leis que cerceiam os direitos dos quais deveriam reger o poder: as massas.
Faz-se necessário ressaltar que este movimento não tem ligações partidárias. Como movimento popular e expontâneo, dele participam pessoas das mais diferentes correntes políticas, unidas pelo ideal da democracia plena e da liberdade irrestrita.
Alguns podem classificar este sentimento que contagia à maioria de nós como bairrismo. O bairrismo, como é chamada a percepção do amor à terra pelos que nela habitam, nada tem de errado ou antiquado. O bairrismo manifesta-se nas mais diversas nações. A terra que se habita - como nos explica o telurismo - molda o homem, seus valores e constrói a tão mencionada cultura, preceito indispensável para o desenvolvimento nas mais diversas áreas de realização humana. Mesmo sem desprezarmos as demais, é nossa terra natal, no sul do Brasil, que dá fundamento para pleitearmos pela nossa independência.
A autodeterminação dos povos é parte dos direitos naturais do homem. São os sulistas, e não os políticos dos outros estados, que têm o direito de indicar se querem permanecer governados por este falso regime federativo ou se querem construir uma nova nação moldada aos nossos interesses e da qual não precisemos nos envergonhar.
É sabido que mesmo entre nós há diversos conflitos e divergências ideológicas, entretanto é legítimo o ajuste de interesses para constituir um país aonde todos tenham o mesmo valor em face da lei. Podemos edificar uma sociedade na qual os impostos, ao invés de serem desviados, sejam revertidos em proveito dos contribuintes, sem atos altruísticos infrutíferos às custas de alheios, que destinam grande parte dos impostos pagos aqui para os estados do norte/nordeste, sem resultados visíveis. Como será possível? Descentralizando o poder, estendendo a democracia e elevando a educação à condição de maior prioridade nacional.
A pétrea lei da indissolubilidade territorial, prevista na constituição, fere o direito de liberdade. O povo não está aqui de favores, mas é o dono da terra. É necessário que nós percebamos que os governantes não são os senhores da população. As leis devem se ajustar aos anseios e necessidades dos habitantes da terra. Esta questão deve ser julgada por organismos internacionais, como a ONU, uma vez que o pleito transcende às leis brasileiras. Acaso alguém acha que o Brasil conseguiria sua independência tão cedo caso esta decisão dependesse de Portugal? Ao contrário do que pregam os privilegiados do sistema, o separatismo não é crime.
"Necessidades vitais de um povo não obedecem nem a convenções escritas"
Gal. Tasso Fragoso
Alguns devem estar se questionando se não seria melhor a opção de uma união confederada ao invés de uma independência completa. Sem dúvidas o regime confederado apresenta a vantagem de um maior mercado consumidor potencial que estaria disponível. Entretanto devemos considerar que, para a formação do estado confederado, nós dependeríamos dos outros estados da federação, condição inaceitável pois estaríamos expondo à aprovação de outrem algo que já nos é de direito. Cabe a nós legislarmos sobre os nossos direitos e pleitearmos os nossos interesses. Além disso, a representação política do sul é insuficiente para reverter este quadro. Existe uma grande disparidade na representatividade parlamentar das populações das diversas regiões brasileiras, e isto fere o direito à igualdade garantido pelo 14º artigo da constituição. A secessão sulista não lesará o direito de nenhuma outra região brasileira, apenas frustrará alguns interesses.
Soa muito bonito dizer que nós todos unidos devemos lutar pelo desenvolvimento do Brasil. Mas afinal o que vale a vontade de todos perante o atual governo? O destino nacional - e portanto também o destino pessoal de cada um - não depende da vontade do povo, mas está ao sabor dos interesses, sempre parciais e egoístas, de Brasília. Continuar tentando mudar sem repensar a tática seria insistir no erro ao invés de resolvê-lo. Quando será o momento certo para a separação? Quem acha que não há motivos suficientes para consumá-la (a separação) é porque não sabe reconhecer o momento mais propício para saltar de um barco fadado a afundar. Será este conformismo decorrente do comodismo (uma lição bem aprendida?) ou será medo das transformações?
Não devemos temer as mudanças, pois nada é estático ou imutável. Tudo se transforma e evolui. Mudar é a regra, não a exceção.
Somando-se a todas estas razões já detalhadas, existe algo ainda maior a motivar o movimento: a vontade popular. Escusada qualquer explicação, a posição favorável da maioria da população bastaria para justificar o pleito.
Apesar de estar patente a urgência da secessão, ninguém comunga com atividades terroristas. A independência deve efetivar-se de forma democrática, sendo a opinião pública dos ENVOLVIDOS favorável, pois o voto é a arma da democracia. A diplomacia, se bem aplicada e mediada, sempre dará a vitória aos justos, ao passo que a guerra é uma legitimação da violência aonde a justiça e a ética é o que menos importa.
O sul tem plenas condições de se desenvolver. Uma grande dimensão territorial nunca foi um fator que influenciasse o desenvolvimento de um país, sendo isso plenamente observável nos Países Baixos e na Confederação Helvética ou Suíça (um modelo de república confederada). O mesmo se dá em relação aos recursos naturais, porquanto o acesso a estes é plenamente possível graças ao comércio internacional, que freqüentemente é mais lucrativo que comprar aos demais estados da nossa pseudo-federação.
Muitos brasileiros, mesmo morando a centenas de quilômetros da Amazônia, consideram-se donos daquele ambiente natural. A verdade é que aquelas terras e tudo que nelas houver pertence legitimamente aos povos que lá habitam, devendo ser preservada e não irresponsavelmente explorada. Os bilhões de dólares gastos na abertura frustrada da Transamazônica estão fazendo falta no bolso de milhões de pessoas. Recursos naturais, como os minerais e os combustíveis fósseis, são bens voláteis, que só dão lucro aos países que os beneficiam e os utilizam no fabrico de produtos com valor agregado, coisa que países como o Brasil precariamente fazem.
O atual valor do PIB sulista já o posicionaria a frente de 162 países na classificação geral, e na 28º posição do ranking de países com maior IDH, sendo o maior da América Latina.
A imagem instável da economia brasileira, com corrupção generalizada e mal emprego do dinheiro público, é a principal culpada dos juros altíssimos pagos aos credores da nação, pois empregar capital no Brasil tornou-se um investimento de alto risco.
Uma vez que os impostos recolhidos no Sul sejam aplicados nesta mesma região com rigor e controle, a economia se torna mais estável e a imagem internacional aumenta. Um país com boa imagem econômica paga menos juros aos credores, possibilitando então que os recursos conseguidos sejam empregados no fomento ao desenvolvimento sem que isto estrangule a economia.
Mais importante do que todos estes valores e raciocínios é o potencial humano sulista e tudo o que este povo poderá realizar. Nunca avessa ao trabalho por mais árduo que fosse, a nossa população conseguiu destacar esta região do resto do país, e certamente num futuro próximo fará destes 577 mil quilômetros quadrados a terra com a qual os nossos antepassados sonharam, e que nós então faremos por merecer.